Mais de 40 mil jovens de 16 e 17 anos estão aptos a votar nas eleições de outubro deste ano em Santa Catarina. A eleição, que definirá prefeitos e vereadores em todos os 295 municípios catarinenses, verá um aumento significativo no número de jovens eleitores, com um crescimento de 82,5% em comparação com a última eleição municipal, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Comparação com Eleições Anteriores
Apesar do aumento expressivo em relação às eleições municipais passadas, o número de eleitores jovens apresenta uma queda quando comparado com o último pleito de 2022, que incluiu a eleição de presidente, governadores, senadores e deputados. O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC) informou que não comenta sobre essa diferença.
O professor de Administração Pública, Daniel Pinheiro, atribui essa mudança ao engajamento mais intenso que houve em 2022. Segundo ele, houve uma mobilização significativa de artistas e influenciadores para motivar os jovens, especialmente os primeiros eleitores.
“Na última eleição nacional, houve um movimento muito forte, principalmente de artistas e influenciadores, que foram buscar nos jovens, e principalmente nos primeiros eleitores. Isso não aconteceu para esta eleição municipal” — explica Pinheiro.
Perfil do Eleitorado
Na eleição de outubro, o grupo etário mais expressivo é o de 45 a 59 anos, com 1,4 milhão de eleitores, 25,5% do eleitorado catarinense. Em seguida, os eleitores entre 30 e 34 anos mantêm um número significativo, representando 20,99%, e, além disso, os de 25 a 34 anos correspondem a 20,09%.
Em relação à escolaridade, 26,73% dos eleitores catarinenses têm o ensino médio completo, enquanto 22,23% possuem o ensino fundamental incompleto e 15,49% têm o ensino médio incompleto. Apenas 14,39% têm o ensino superior completo, e 9,31% completaram o ensino fundamental. 7,66% têm ensino superior incompleto, 3,05% são alfabetizados, e 1,15% são analfabetos.
A maioria dos eleitores, 54%, é casada, enquanto 37% são solteiros, o restante se divide entre viúvos, divorciados e separados. No que diz respeito à cor ou raça, 90,26% não forneceram informações, 6,97% se identificaram como brancos, 2,19% como pardos e 0,53% como pretos.