Ícone do futebol brasileiro, Adriano compartilha em sua biografia Adriano – Meu Medo Maior os desafios que enfrentou com a depressão e como isso afetou sua carreira. Em um dos momentos mais marcantes do livro, ele revela que a Inter de Milão sugeriu uma internação em uma clínica de reabilitação na Suíça. Adriano, porém, recusou a proposta, acreditando que queriam interná-lo em um “manicômio”. A sugestão causou-lhe grande desconforto e revolta, tornando-se um episódio sensível em sua trajetória.
A perda do pai marcou um ponto decisivo para Adriano, levando-o a perder o foco na carreira. A ausência paterna intensificou sua relação com o álcool, que passou a ser um refúgio em meio à dor. A partir desse momento, o comprometimento com os treinos diminuiu, e as multas impostas pelo clube se tornaram frequentes. No entanto, a pressão financeira dessas multas pouco importava para ele, pois sentia que o dinheiro não preenchia a falta de motivação e apoio emocional que tanto precisava.
Com o agravamento de sua situação, a trajetória de Adriano na Inter de Milão terminou de forma melancólica. As lesões se tornaram frequentes, e seu desempenho já não era o mesmo. Em suas próprias palavras, ele sentia necessidade de um “escape do futebol”, e a tristeza que carregava refletiu-se em campo. Assim, encerrou-se sua passagem em um dos maiores clubes da Europa, deixando um marco final de um período de altos e baixos.