Com o fim do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), sancionado nesta quinta-feira (19), surgem dúvidas sobre a situação das vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Desde 1974, o DPVAT garantia indenizações para vítimas de colisões e atropelamentos. A partir de 2025, ele será extinto, e os motoristas precisarão buscar alternativas no mercado privado de seguros.
Especialistas alertam que a ausência do DPVAT pode deixar vítimas desamparadas. Boris Feldman, especialista em automóveis, explica que, sem um seguro privado que cubra danos contra terceiros, as vítimas podem ficar sem respaldo financeiro. Ele acrescenta que, nesses casos, muitas pessoas recorrerão à justiça para buscar indenizações, embora o processo seja lento e inacessível para quem está em situação de vulnerabilidade.
Feldman orienta os motoristas a revisar suas apólices de seguro para incluir cobertura de responsabilidade civil por danos materiais e corporais. Ele ressalta que, mesmo sem a obrigatoriedade do DPVAT, contratar um seguro abrangente protege todas as partes envolvidas e evita problemas futuros. Apesar disso, muitos criticam a extinção do DPVAT, especialmente por prejudicar pedestres e ciclistas, considerados os mais vulneráveis no trânsito.