Joinville deu início à produção dos primeiros mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, uma estratégia inovadora no combate a doenças como dengue, zika vírus e chikungunya. Na quinta-feira (8), os primeiros ovos dos chamados “Wolbitos” evoluíram para a fase de larvas na Biofábrica do Método Wolbachia, localizada no bairro Nova Brasília.
O método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos machos, que não picam nem transmitem doenças, para acasalarem com fêmeas selvagens. Como resultado, as novas gerações de mosquitos têm a bactéria, o que impede a transmissão de doenças.
Nos próximos dias, as larvas passarão pelo processo completo até se tornarem mosquitos adultos, prontos para serem soltos na cidade. A previsão é que a primeira liberação ocorra na segunda quinzena de agosto. O projeto é uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o World Mosquito Program (WMP), que coordena as operações junto à Vigilância Ambiental de Joinville.
Antes de implantar o método, a equipe de Joinville coletou mosquitos Aedes aegypti e adicionou os ovos dos Wolbitos no Rio de Janeiro.. Ao retornar a Joinville, a equipe eclodiu os ovos em um equipamento automatizado na Biofábrica. Em seguida, as larvas passaram por um processo de contagem, divisão em grupos e alimentação, até atingirem a fase de pupa.
Quando as pupas se transformaram em mosquitos adultos, a equipe as separou em machos e fêmeas. A equipe preparou os machos para a soltura, que ao longo do tempo substituirá a população local por outra que não transmite doenças.
Além de Joinville, outras cinco cidades brasileiras estão aplicando o método Wolbachia nesta fase, enquanto outras já colheram resultados positivos em etapas anteriores.