O governo federal decidiu não retomar o horário de verão em 2024, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A equipe técnica apresentou um parecer ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apontou que os reservatórios devem se manter abastecidos durante o período chuvoso. Com isso, será possível garantir a geração de energia nas hidrelétricas sem a necessidade de ajustes temporários no fuso horário.
A discussão sobre o horário de verão voltou à tona por causa da grave estiagem que afeta o Brasil. O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) informou que esta é a pior seca registrada nos últimos 74 anos. Diante desse cenário, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugeriu a adoção da medida para economizar energia, com uma estimativa de R$ 400 milhões em 2024.
Suspensão da medida
Mesmo com a recomendação, o governo optou por não implementar o horário de verão no próximo ano. Desde 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu a medida, o horário de verão deixou de ser visto como essencial. Estudos da época indicaram que a economia gerada não era tão significativa quanto o esperado.
Apesar de descartar a implementação em 2024, Alexandre Silveira afirmou que o governo pode reavaliar o tema nos próximos anos, caso as condições exijam.